Petrobras já negocia venda da Braskem, diz fonte

A Petrobras tem 47 por cento das ações ordinárias da Braskem e quase 22 por cento dos papéis preferenciais

23/01/2016

A Petrobras já está em negociações para vender sua participação na Braskem, com interesse de grandes petroquímicas internacionais no ativo, e trabalha para que o negócio seja fechado ainda no primeiro semestre, disse uma fonte da estatal à Reuters nesta sexta-feira.


"As conversas já começaram. A venda da parte da Petrobras está em discussão e ela está no ponto para ser vendida... A ideia é vender toda a participação", disse a fonte, que falou sob condição de anonimato.

Segundo a fonte, o ideal é que o negócio seja definido ainda no primeiro semestre. "Há interessados no mercado internacional na Braskem. O interesse já foi manifestado por grandes grupos focados no setor petroquímico", revelou a fonte, que não quis estimar uma valor para a operação.

A Petrobras tem 47 por cento das ações ordinárias da Braskem e quase 22 por cento dos papéis preferenciais, ou 36,1 por cento do capital total da petroquímica. A Odebrecht possui 50,1 por cento das ações com direito a voto e cerca de 23 por cento das preferenciais.

Considerando os preços das ações da Braskem na bolsa, a fatia da Petrobras na petroquímica tem valor de mercado acima de 5 bilhões de reais, mas normalmente há um prêmio em operações envolvendo acionistas no bloco de controle.

A Odebrecht tem direito de preferência de compra da fatia da Petrobras na Braskem, mas não deve ampliar sua participação na petroquímica, de acordo com a fonte da petroleira, num momento em que o grupo de construção se vê envolvido nas investigações da operação Lava Jato.

A ação preferencial da Braskem foi uma das mais valorizadas entre as componentes do Ibovespa em 2015, com alta de 66,2 por cento no ano, em meio ao cenário positivo da alta do dólar para as exportações, internacionalização de suas operações e queda do preço do petróleo.

A venda da fatia na Braskem está no contexto de um amplo plano de desinvestimentos da Petrobras para fazer frente às grandes dívidas da companhia e plano ainda vultoso de investimentos, num momento em que os preços do petróleo no exterior estão próximos das mínimas em 12 anos.

O barril da commodity no mercado internacional está na faixa dos 30 dólares, com excesso de oferta e dúvidas sobre a demanda sobretudo na China, segunda maior economia do mundo.

Procuradas, Petrobras e Odebrecht não comentaram o assunto de imediato. A Braskem informou que se trata de uma questão de seus acionistas e que não iria se manifestar.

Fonte: Exame (22/01/2016)




Setor de transformados plásticos tem pior desempenho desde a crise de 2009

Expectativa é que o nível de emprego da indústria recue 1,5%

04/03/2016



Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) a produção da indústria brasileira de transformados plásticos caiu -8,7% em 2015, com uma produção de 6,1 milhões de toneladas de artefatos plásticos. Essa queda foi a pior já enfrentada pelo setor desde a crise iniciada em setembro de 2008, que apresentou sérios reflexos no mercado mundial e brasileiro durante o ano de 2009, período em que a produção do setor recuou -13,3%.


Tal movimento do setor de transformados plástico seguiu de perto o desempenho da indústria brasileira de transformação, que apresentou retração geral da produção de -9,9%, e importantes setores demandantes de plásticos tiveram quedas significativas como o setor automotivo (-25%); Alimentos (-2,4%) Bebidas (-5,4%), Eletroeletrônicos (-30%) e Higiene e Perfumaria (-3,8%).

Conforme a Abiplast, associação que representa a indústria do plástico no País, embora o dólar esteja auxiliando os setores a aumentarem sua competitividade no mercado internacional com um impacto nas exportações de transformados plásticos, que cresceram 8,8% em 2016, da mesma forma que o câmbio favorece um incremento das exportações, um dólar alto impacta diretamente nos custos e nos preços de matérias-primas, que tem parte de seus preços determinados em dólares. A Abiplast, afirma que no mercado internacional há um movimento de retração de preços de resinas por conta da forte queda do petróleo e derivados, que não foi sentida no Brasil, por conta das variações cambiais que foram repassadas aos preços das resinas nos mercados domésticos.

De acordo com José Roriz Coelho, presidente da Abiplast, a conjunção de queda nos volumes produzidos, e a baixa expectativa do empresário quanto ao retorno do crescimento econômico resultam em um dos mais dramáticos sinais da crise enfrentada pelo setor: o fechamento de quase 30 mil postos de trabalho.

“O setor de transformados plásticos é um dos quatro maiores empregadores industriais, e dentre os grandes empregadores é o que paga melhores salários e emprega pessoal mais qualificado, infelizmente, ainda não vemos alteração desse cenário, em 2016 estimamos um recuo de -3,5% na produção do setor de transformados e de -1,3% no emprego. Somente as exportações, devem seguir com um desempenho positivo de 12%”- afirma.

Fonte: Jornal do Brasil (22/02/2016)


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