Contador cria marketplace de R$ 2,4 mi para tirar fábrica de produtos plásticos do vermelho

06/06/2018



Um e-commerce do segmento de papel e plástico de Curitiba (PR), criado em 2016, vem abocanhando grande participação no mercado de lona plástica e filme stretch com proposta baseada em uma estrutura enxuta de negócios. A Paperplast (www.paperplast.com.br) surgiu como uma fonte complementar de renda para Julivan Arantes da Silva, que prestava serviços de contador a uma fábrica de materiais plásticos. Hoje sócio-fundador da startup, trabalha via home office e fatura R$ 2,4 milhões por ano.


“A indústria para a qual eu prestava serviços não era competitiva no segmento de filmes plásticos. Realizávamos muitas reuniões buscando readequações tributárias para sair do vermelho. Em uma delas, sugeri que vendessem o material diretamente para o consumidor final – menos sensível ao fator preço – ao invés de buscar apenas o distribuidor. Sugeri que criássemos um site para atingir a ponta, mas não fui levado a sério. Tempos depois, em março de 2016, propus ao dono da empresa que eu mesmo criasse o site e, desde então, as coisas começaram a acontecer”, conta Silva.

Em pouco tempo, a Paperplast já respondia por 30% do faturamento de filmes plásticos da indústria, mas tal expressividade ainda não foi suficiente para salvar a operação. “Do dia para a noite, a fábrica avisou que iriam descontinuar o produto que eu revendia pelo e-commerce”, lembra o empreendedor. Foi quando ele decidiu apostar no pequeno negócio e seguir adiante. Arantes da Silva firmou sociedade com um amigo, o engenheiro Marcelo Benetti, juntaram R$ 100 mil de capital por meio de estoque e buscaram novos fornecedores.

Atualmente, multinacionais dos setores automobilístico, construção civil e agronegócio são clientes do e-commerce, que também distribui seus materiais por venda direta. Todo o estoque é armazenado por um operador logístico terceirizado que despacha os materiais via transportadora, o que proporciona para a Paperplast um custo fixo muito baixo. Essa vantagem é repassada para o consumidor por meio de preços em média 15% mais baratos.

A empresa faturou, em média, R$ 200 mil por mês em 2017 e cresce 20% ao ano. “Criamos um modelo ágil que nos permite dar o melhor preço e focamos muito no atendimento ao cliente”, complementa o sócio-fundador.

Novos concorrentes surgem todos os dias, e a meta do negócio é ser o maior e melhor player em todas as frentes, em termos de preço, agilidade na entrega e, principalmente, no atendimento. Com esse mindset, a Paperplast vem se consolidando como líder em vendas via internet em um dos nichos de mercado até então inexplorados pelo comércio virtual.

Fonte: E-Commerce News (08/05/2018)




Fabricantes de plásticos reagem à venda da Braskem

Segmento que tem 12 mil empresas e 350 mil empregos no Brasil quer derrubar restrições à importação de resinas que a gigante conquistou

11/07/2018



O setor de plásticos prepara uma reação à iminente venda da Braskem para a multinacional de origem holandesa LyondellBasell. Presidente da Abiplast, associação que representa o segmento, Ricardo Roriz, afirma que as 12 mil empresas e seus 350 mil empregos precisam de algum tipo de garantia de que serão atendidas.

"Temos um monopólio nacional, vamos ter um internacional", avalia.

O maior alvo do segmento são as proteções contra importação que a Braskem conquistou ao longo dos anos. Atualmente, três tipos de resinas têm sobretaxas garantidas por processos antidumping (de proteção contra competição considerada desleal): polipropileno (de peças para carros a fibra de roupas), PVC (de canos a material para calçados) e pet, a matéria-prima das garrafas de refrigerante.


"Com 12 mil empresas espalhadas no Brasil, que atendem a quase toda a demanda nacional, não podemos ficar submetidos a um monopólio lá de fora, muito menos a restrições à importação", pondera Roriz.

A Abiplast se prepara para questionar as medidas antidumping no Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade), além de pedir garantias de que a futura controladora supria o mercado brasileiro.

"A empresa tem todo o direito de vender ações, nós temos direito de que a nossa oferta tenha concorrência, que possamos comprar de qualquer empresa", afirma o presidente da Abiplast.

Presidente do Sinplast, sindicato das fabricantes de produtos plásticos no Estado, Edilson Luiz Deitos detalha que o principal temor no segmento é em relação a preços. Relata que a Braskem tem “certa governança” na política de preços que, sugere, poderia ajudar a Petrobras, sócia na petroquímica, com a estratégia para combustíveis. Relata que os valores são reajustados a cada mês, com base no dólar do período anterior e na média da variação das matérias-primas no mercado americano (70%) e chinês (30%).

"Reajuste uma vez ao mês, baseado em indicadores que o setor costuma acompanhar, tem previsibilidade. Seria interessante se a Petrobras tivesse usado essa expertise como acionista da Braskem para refinir os reajustes de gasolina e diesel", avalia Deitos.

As resinas plásticas enfrentam o mesmo problema dos combustíveis: as altas na cotação do barril de petróleo, principal matéria-prima da cadeia, e no dólar. E tem um agravante: o alto consumo de energia elétrica, que teve aumentos de 20% a 30% no Estado. Conforme o presidente do Sinplast, o mais recente reajuste nos preços das resinas da Braskem ocorreu nesta semana, depois de uma trégua que se seguiu à desarrumação do mercado provocada pela greve dos caminhoneiros. Desde segunda-feira, os valores estão cerca de 9,3% mais altos. Uma tonelada de polipropileno, por exemplo, passou de R$ 6,4 mil para R$ 7 mil. Adivinhem onde o dominó dos repasses vai aterrissar.

Fonte: Zero Hora Gaúcha (19/06/2018)


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