Plástico regenera-se depois de perfurado por projétil

14/05/2014



Os materiais que se autoconsertam estão nos laboratórios há mais de uma década, e alguns deles começam a caminhar rumo à comercialização.


Os primeiros avanços significativos na área foram dados pela equipe do professor Scott White, da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, que desenvolveu uma forma de promover a autocicatrização de plásticos usando canais que imitam a estrutura do sistema circulatório dos animais.

Agora a equipe foi além de consertar trincas e rachaduras e criou uma maneira de fazer com que os materiais se regenerem.

Eles conseguiram nada menos do que fechar rapidamente o furo provocado por um projétil em placas de diversos tipos de plástico.

O furo de 3,5 centímetros de diâmetro fechou-se em cerca de 20 minutos, recuperando 62% da resistência original do material em três horas.

Duas veias

A capacidade de regeneração usa o mesmo conceito desenvolvido anteriormente pela equipe, de redes vasculares artificiais criadas no interior do material.

Neste novo experimento, eles usaram apenas duas "veias", que contêm dois líquidos que formam um gel ao se misturar - o furo foi provocado exatamente sobre os dois canais.

Tão logo o projétil perfurou a placa de plástico, os dois materiais se misturaram e rapidamente curaram, formando um polímero forte que restaura grande parte da resistência mecânica do plástico original.

Segundo a equipe, é possível ajustar as reações químicas para controlar a velocidade de formação do gel ou a velocidade de endurecimento, de acordo com o tipo de dano causado.

Por exemplo, o impacto da bala causou uma série de fendas que se irradiaram da perfuração central, de modo que o tempo de reação teve que ser diminuído para dar tempo aos produtos químicos para penetrar nas fendas antes de endurecer.


Neste experimento foram usadas apenas duas 'veias', e o furo foi provocado exatamente sobre elas.


Passos práticos

Além de sanar perfurações a bala, os pesquisadores afirmam que essa técnica poderá ser útil no espaço, tornando as naves capazes de se curar de perfurações por micrometeoritos.

Outros usos incluem canos que reparam furos automaticamente e todo tipo de aparelho capaz de consertar suas partes plásticas depois de uma queda ou acidente.

Mas isso irá requer trabalhos adicionais, sobretudo a criação de sistemas vasculares mais complexos e maiores, que possam acudir o problema onde quer que ele ocorra, em qualquer parte do material.

"Temos que lutar contra um monte de fatores exógenos para conseguir a regeneração, incluindo a gravidade," explica o professor White.

"Os líquidos reativos que usamos formam um gel muito rapidamente, de modo que ele começa a endurecer tão logo é liberado. Se isso não acontecer, os líquidos simplesmente escapam da área danificada, essencialmente 'sangrando'," completou ele.

Fonte: Adaptado de Inovação Tecnológica (14/05/2014)




Plastic Logic mostra ao mundo primeira tela verdadeiramente flexível

09/06/2014



A empresa Plastic Logic parece que está mesmo liderando o mundo para uma nova era de telas flexíveis. Sua última criação foi produzida inteiramente por transistores orgânicos e pode ser usada confortavelmente envolta do seu pulso.


A tela flexível possui, por enquanto, 256 níveis de cinza e consegue exibir imagens a 30 quadros por segundo. Ao que tudo indica, esses transistores orgânicos parecem ser a melhor chance para os desenvolvedores criarem o esperado tablet que pode ser dobrado ou enrolado no seu bolso.

De acordo com a Plastic Logic, esta nova tela é destinada para o uso em utilizáveis (wearables) no futuro próximo. Uma das suas vantagens é ser flexível a ponto de poder se conformar às curvas irregulares dos corpos humanos, como telas que envolvem todo o pulso, jóias inteligentes e, por que não, acessórios de todo tipo.

Como essas telas funcionam

Ao contrário do silício, plásticos são isolantes elétricos. Por muito tempo se imaginou que o seu uso com circuitos eletrônicos seria muito limitado. Apesar disso, em anos recentes alguns químicos conseguiram mudar a composição de alguns plásticos para fazê-los se comportar como materiais condutores e semicondutores.

Dessa maneira, isso permitiria que circuitos fossem construídos em superfícies resistentes, porém flexíveis, propriedades que não funcionam com o silício. Esta descoberta tem levado à construção destas novas telas OLED e outros tipos de produtos inovadores. No fim, plástico é muito mais barato do que silício, e com as propriedades certas é ainda mais fácil de produzir circuitos para este material.

Fonte: PC Advisor e TECMUNDO (02/06/2014)


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