Grupo Solvay mostra benefícios dos polímeros especiais e sílica de alto desempenho em aplicações industriais

04/10/2017



Os polímeros de alto desempenho para aplicações na área de Saúde e as sílicas de alto desempenho para a produção de pneus que economizam energia foram temas de apresentações especiais da Solvay no 22º Seminário de Atualidades Tecnológicas, que foi realizado em São Leopoldo (RS), no dia 28/09, no Instituto SENAI de Inovação em Engenharia de Polímeros, em São Leopoldo – RS.


Guilherme Brunetto, Especialista da Solvay Sílica na América Latina, mostrará os avanços da empresa na área de sílicas de alto desempenho empregadas pelos clientes na produção dos chamados “pneus verdes”, de maior eficiência energética e que contribuem para a redução do consumo de combustíveis e, consequentemente, da emissão de CO2. Dados da empresa atestam que o uso desse tipo de pneu proporciona redução de até 7% no consumo de combustível. A Solvay Sílica é pioneira no Brasil na produção da sílica de alto desempenho, em sua unidade industrial de Paulínia -SP, atendendo às principais montadoras de pneus instaladas no País.

Por sua vez, Mônica Martins, Gerente do Mercado Healthcare para a América do Sul da Solvay Specialty Polymers, vai falar sobre os benefícios do uso de polímeros especiais na área da saúde, aplicação que vem crescendo continuamente, principalmente na substituição de materiais tradicionais como metais. Esta tendência é atribuída ao alto desempenho dos novos polímeros que, além de apresentar propriedades mecânicas, térmicas e químicas excepcionais, também são mais leves, oferecem maior flexibilidade no design e são de fácil fabricação. Com um amplo portfólio de polímeros de alta performance, são mais de 35 marcas, em mais de 1.500 formulações, a Solvay está posicionada como um fornecedor estratégico no mercado global médico. Na área de saúde, esses polímeros são usados nos mercados de ortopedia, cardiovascular, renal e odontológico, entre outros.

Fonte: Solvay (26/09/2017)




Biodiesel, plástico para impressão 3D e próteses: conheça alguns produtos inusitados que vêm da soja

Oleaginosa é a base para produção de biocombustível, plástico e diversos outros itens que estão na mesa e na rotina dos consumidores brasileiros

05/10/2017


Polímeros podem ser usados para fabricação de copos plásticos biodegradáveis que levam apenas 60 dias para se decompor


Os produtos do agronegócio brasileiro não estão apenas na geladeira, mas em praticamente tudo o que se vê ao redor: nos móveis da sala, no pneu do carro e até nos cosméticos que prometem juventude envasada em potinhos. Rainha da balança comercial, a soja também merece destaque no quesito diversidade de aproveitamento. Além de ser transformado em óleo de cozinha e ingrediente para vários alimentos industrializados, o grão é componente importante na indústria farmacêutica e vem ganhando força como agente de preservação ambiental ao ser utilizado como insumo para a produção de biocombustível e até na fabricação de novos tipos de plásticos.


Uma das novidades nessa área é a transformação do glicerol, um subproduto do biodiesel, em plástico biodegradável. Pesquisa da Universidade de Caxias do Sul (UCS) pretende aproveitar o resíduo, que hoje é utilizado em pequena quantidade apenas para fazer sabonete de glicerina e na indústria farmacêutica, por meio da nanotecnologia. Entre as possibilidades, está a fabricação de copos descartáveis, próteses para cirurgias, cosmético e até material utilizado para impressão 3D.

- São moléculas de interesse comercial que podem ser produzidas a partir do petróleo ou do glicerol - explica o químico Thiago Barcellos, pesquisador do Laboratório de Biotecnologia de Produtos Naturais e Sintéticos da UCS, lembrando que só a Região Sul é responsável por 40% da produção brasileira de biodiesel.

Inovação tem benefício ambiental

Há inúmeras vantagens em transformar o glicerol em plástico. Uma delas é ambiental. Um copo plástico comum, por exemplo, demora 500 anos para se decompor em um aterro sanitário com condições adequadas. No caso do copo feito a partir de plástico biodegradável, fabricado com o resíduo em estudo, o processo de decomposição ocorre em apenas 60 dias.

- Existe um ciclo sustentável em utilizar a biomassa para obter bioprodutos - acrescenta Barcellos.

No caso das próteses, o benefício é não precisar fazer nova cirurgia no paciente para remover um pino que foi instalado provisoriamente. Após a recuperação clínica, o material é naturalmente eliminado pelo organismo, garante o especialista da UCS.

Os avanços das pesquisas relacionadas ao aproveitamento de produtos primários chamam a atenção e sinalizam para um universo de possibilidades.

- É ilimitado. Eu não sei o que não poderá ser feito - reflete o presidente da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), Narciso Barison Neto, sobre o futuro do agronegócio.

Segundo a Embrapa, a soja é ingrediente utilizado em mais de 2 mil itens, entre alimentos e outros produtos. Apesar da força da oleaginosa, muitos outros cultivos têm potencial grande a ser explorado. O zootecnista Bruno Lucchi, superintendente técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), destaca a importância econômica e tecnológica de atividades como a produção de fibras, entre elas o algodão, a lã e a celulose para a fabricação de papel.

- O agronegócio incentiva a pesquisa e o desenvolvimento e traz outros setores junto com ele - constata.

Inovação que garante melhores negócios


Sojicultor de Ciríaco destina 50% da safra à usina que processa o grão para produção de biodiesel em Passo Fundo


A oportunidade de plantar soja e destinar a produção a mercados diferenciados tem sido a motivação de agricultores como Valdomiro Fernandes Vieira, 52 anos, do município de Ciríaco.

Há dois anos, o produtor comercializa parte do grão colhido para a usina BSBios, de Passo Fundo, que produz biodiesel. Na safra 2016/17, Vieira negociou 1,29 mil toneladas da oleaginosa - 50% do volume produzido - com a usina.

- É o único produto que todo mundo quer comprar - comenta sobre a liquidez do grão.

Entre as vantagens deste mercado, pondera Vieira, está o valor agregado que a diversidade da soja traz à operação comercial. Nas entregas, o agricultor leva o grão até a empresa e consegue voltar com o caminhão carregado de farelo e casca, insumos obtidos a partir do processamento da oleaginosa e que são comercializados com os pecuaristas da região para alimentação animal.

O agricultor cultiva 600 hectares de soja e tem produtividade média de 70 sacas por hectare.

A safra é depositada em armazém construído em parceria com outros cinco agricultores da região, que também comercializam o grão produzido para a BSBios.

Grão colhido ajuda a abastecer o trator


Biodiesel feito a partir do óleo extraído da soja é uma das principais contribuições ambientais da agricultura a outros setores


O biodiesel é um exemplo de subproduto do agronegócio com importância social, ambiental e econômica não apenas no campo. Produzido a partir do óleo de soja, é prova de que é possível fechar um ciclo sustentável, onde o que se colhe hoje pode abastecer carros, caminhões e os próprios tratores que ajudam na lida.

- Tudo nasce na agricultura e acaba retornando para o campo - reflete o gerente comercial da BSBios, Leandro Zat.

A empresa tem duas unidades de produção de biodiesel no país. Só na usina de Passo Fundo, recebe soja de 250 fornecedores, entre cooperativas e cerealistas. Em 2016, a usina industrializou 900 mil toneladas do grão, quase o total de sua capacidade de processamento que é de 1,08 milhão de toneladas. Para 2017, a meta é chegar a 950 mil toneladas.

Na avaliação de Zat, o biodiesel foi fundamental para gerar maior demanda interna pela soja no Rio Grande do Sul e dar equilíbrio ao preço do grão, aumentando a remuneração do produtor.

Óleo é extraído na usina

Ao chegar na indústria, o grão é processado para extração do óleo que será utilizado na fabricação de biodiesel, produto de base vegetal que gradualmente vem substituindo o componente retirado do petróleo. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), atualmente é obrigatória a mistura de 8% de biodiesel ao diesel vendido nos postos brasileiros. A meta é chegar à fase B10, que prevê a adição de 10% até março de 2019.

Do volume de biodiesel produzido no mercado brasileiro, 78% vem da soja. O restante é obtido a partir de gordura animal - óleo de frango, sebo bovino, graxa suína e até óleo de peixe - resíduos que, no passado, representavam um expressivo passivo ambiental a ser solucionado.

Na unidade de Passo Fundo, somente 10% a 15% do biocombustível produzido utiliza a gordura animal como matéria-prima. Isto ocorre por conta da boa oferta de soja na região.


Fonte: Gaúcha ZH (28/09/2017)


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