APAS faz propaganda enganosa contra sacolinhas e tem campanha reprovada pelo CONAR
Muito antes de toda a polêmica envolvendo as sacolas plásticas que só veio à tona esse ano, o site já havia alertado em Maio/2011 sobre a falta de estudo técnico no projeto dessa lei (
veja aqui).
Primeiro o Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu a lei que proibia a distribuição de sacolinhas plásticas no varejo paulistano, depois os supermercados fizeram um acordo entre si buscando o banimento da distribuição gratuita, que foi visto pelo PROCON/SP como um atentado ao Código de Defesa do Consumidor.
Pressionada pela sociedade, estudos técnicos e órgãos de defesa do consumidor, a APAS (Associação Paulista de Supermercados) se viu obrigada a recuar em seu plano de banimento através de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado pelo Ministério Público, PROCON e APAS pelo período de 60 dias, dentro do qual os estabelecimentos estão sendo obrigados a fornecer a sacola plástica gratuitamente. A partir de abril os supermercados não forneceram mais nenhum tipo de sacola.
Agora o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) decidiu, por unanimidade, que a APAS deve suspender imediatamente sua campanha publicitária contra as sacolas plásticas. Isso se deve a propaganda enganosa que a APAS vem fazendo, tentando usar o apelo ambiental sem se embasar em qualquer dado científico.
A ação contra a APAS foi movida pela Plastivida, instituto que têm mostrado muito empenho em mostrar
dados técnicos que provam os benefícios de sacolas plásticas e desmitificando
boatos inventados pela APAS e ecologistas radicais.
Segundo Miguel Bahiense, presidente da Plastivida, “a campanha [da APAS] não se mostrou verídica, não apresentou informações com exatidão e clareza, não apresentou fontes científicas para comprovar suas posições, ou seja, deixou a concretude, exigida no código, de lado".
Outro pronto questionado pela Plastivida no processo se refere ao fato de que, em momento algum da campanha, a APAS informou ao cidadão que o custo das sacolas já é embutido no preço dos produtos e que, apesar de deixar de distribuí-las, estas continuam a ser cobradas indiretamente, caracterizando claro prejuízo econômico ao consumidor, sem qualquer vantagem ambiental.
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