Fabricantes de PET norte-americanos buscam ação contra importados
Quatro fabricantes de PET norte-americanos pedem que as medidas antidumping sejam aplicadas sobre o PET importado de cinco países (entre eles o Brasil)
06/10/2017
Os fabricantes DAK Americas LLC, Indorama Ventures USA Inc., M&G Polymers USA LLC e Nan Ya Plastics Corp. America entraram com ações alegando que as resinas de PET importadas do Brasil, Indonésia, Coreia do Sul, Paquistão e Taiwan estão sendo vendidas por valor menor que o particado no mercado interno norte-americano, o que prejudica a industria daquele país.
As empresas pedem que o governo dos Estados Unidos investiguem o dumping e os danos, e aplique as medidas antidumping em resinas PET importadas para os países citados, de acordo com nota do escritório de advocacia Kelley Drye & Warren LLP. As ações são destinadas ao Departamento de Comércio e a Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos.
O volume de importações que os EUA fizeram desses países aumentou mais que quatro vezes de 2014 a 2016, crescendo de 67,1 mil toneladas para quase 272,2 mil toneladas. A resina PET desses países "continuou entrando rapidamente no mercado norte-americano no primeiro semestre de 2017", diz a nota publicada. O material importado "prejudica a indústria doméstica, retirando vendas e exercendo considerável pressão de preços em fabricantes norte-americanos".
Paul Rosenthal, do escritório de advocacia resposável pelo caso, disse que "o aumento substancial da resina PET negociada injustamente por esses cinco países tem impactado a industria local duramente e ameaça os meios de subsistência de trabalhadores norte-americanos".
De acordo com a publicação, o Departamento de Comércio dos EUA vai determinar se vai iniciar as investigações sobre o dumping dentro de 20 dias da entrada da ação. Já a Comissão de Comércio Internacional (USITC) vai obter uma determinação preliminar de dano material ou ameaça de dano material dentro de 45 dias. Todo o processo de investigação levará aproximadamente um ano.
Não é a primeira vez que os fabricantes de PET tomam ações nesse sentido. Em março de 2016, a comissão de comércio votou por aplicar medidas antidumping na resina PET oriunda do Canadá, China, Índia e Omã. O pedido foi feito por DAK, M&G e Nan Ya, mais uma vez representados pelos mesmos advogados.
O analista de mercado Phil Karig, diretor geral da empresa de consultoria Mathelin Bay Associates, de Saint Louis, disse que "não é surpresa" que o PET desses países tenha inundado os EUA no último ano.
"Uma vez que os direitor antidumping foram cobrados sobre as importações de outros países produtores de PET, especialmente a China, os compradores de PET daqui naturalmente procuraram outros fornecedores de PET de baixo custo", diz Karig. "Com a ausência de medidas antidumping em quase todas as fontes estrangeiras de PET, o mercado evoluiu num jogo em que, tornar as importações de um país mais cara, transfere rapidamente a demanda para outros países de baixo custo".
Ele acrescenta ainda que, infelizmente para os compradores de PET norte-americanos, essa nova denuncia de dumping "tem potencial para reduzir substancialmente as opções remanescentes de importados de baixo custo".
"A última denúncia foi um grande sucesso", diz Karig. "E com a nova administração em Washington, mais disposta a perseguir agressivamente soluções unilaterais para injustiças nas relações com nossos parceiros comerciais... As chances de esta última queixa ter sucesso são muito altas".
Fonte: Plastics News (27/09/2017)
Indústria de transformados plásticos vem sofrendo com a retração da economia
No ano passado os investimentos caíram 50% e para 2017, está prevista nova diminuição de 14%, o que representa que R$ 148 milhões deixarão de ser investidos. É o que aponta estudo realizado pela Associação Brasileira da Indústria Plástica (ABIPLAST) em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).
21/11/2017
O resultado foi impactado principalmente pelo comportamento das empresas de médio porte, que empregam entre 100 e 499 funcionários, e que pretendem reduzir seus investimentos em 29%. A amostra foi feita com 81 empresas do setor de transformação e de materiais plástico em geral no período de abril e maio deste ano.
Apesar de 70% dos investimentos do setor ainda se concentrarem em máquinas e equipamentos, a pesquisa aponta uma tendência gradativa de migração para iniciativas relacionadas à melhoria na eficiência de processos, desenvolvimento de novos produtos e/ou mercados. No que se refere às fontes utilizadas pelas empresas do setor de plástico, os dados indicam que, enquanto as pequenas empresas têm a intenção de utilizar recursos de terceiros privados em praticamente todos os tipos de investimentos em 2017, as médias têm priorizado o uso de capital próprio (75%), seguido de recursos de terceiros privados (17%) e públicos (8%). Já as grandes empresas, que empregam acima de 500 funcionários, a opção de uso de recurso público não foi citada para realização dos planos de 2017, sendo quase que exclusivamente de capital próprio.
A redução acumulada de desembolsos do BNDES de 53% desde 2014 afetou diretamente a captação de capital das empresas privadas, independente do porte das mesmas. Dentre as transformadoras de plástico pesquisadas, cerca de 1/3 solicitaram linhas do Banco Nacional em 2016 e, dessas, 63% conseguiram a aprovação. Tal percentual pode ser considerado baixo, considerando a importância do banco como principal fonte de financiamento de longo prazo para as companhias.
“Vale destacar também que a expectativa de aumento de custo por conta da implantação da TLP em substituição da TJLP vai atrasar ainda mais os investimentos na adequação do setor às novas demandas de mercado, o que pode comprometer o futuro e a competitividade desse setor também no mercado externo”, enfatiza José Ricardo Roriz Coelho, presidente da ABIPLAST.
Fonte: Portal da Ilha (06/11/2017)
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