Uso, produção e venda de sacos plásticos no Quênia dá direito a prisão

29/08/2017


Entulho de plásticos em Nairobi, capital do Quênia


Entrou em vigor nesta segunda-feira a lei mais dura sobre a produção, venda e até utilização de sacos de plástico do mundo. A partir de agora, no Quênia, quem praticar qualquer um destes atos está sujeito a uma pena de prisão de até quatro anos ou multas que podem chegar aos 40.000 dólares, de acordo com a agência de notícias Reuters.


Esta medida tem como objetivo reduzir a poluição provocada pela utilização deste material e a acumulação de plástico nos oceanos, colocando em perigo várias espécies marinhas.

“Se continuarmos assim, em 2050 teremos mais plásticos nos oceanos do que peixes”, afirmou Habib El-Habir, especialista em poluição marinha que trabalha no programa ambiental das Nações Unidas no Quênia.

Segundo o mesmo responsável, os sacos de plástico necessitam de entre 500 a 1000 anos para serem decompostos e podem também entrar na cadeia alimentar humana através de peixes e outros animais. Exemplo disso são os matadouros de Nairobi, onde no estômago de algumas vacas destinadas à alimentação humana chegaram a ser encontrados 20 sacos de plástico.

A nova lei queniana dá poderes às autoridades para responsabilizarem qualquer pessoa que utilize um saco de plástico. Mas Judy Wakhungu, ministra do Ambiente do Quênia, explicou que a legislação se concentrará num primeiro momento nos produtores e fornecedores.

Foram precisos três anos para que a lei fosse aprovada. No entanto, esta medida é alvo de críticas. Por exemplo, Samuel Matonda, porta-voz da Associação de Produtores do Quênia, afirmou que esta decisão poderá custar 60.000 postos de trabalho e o fechamento de 176 fábricas. O Quênia é o maior exportador de sacos de plástico da região.

Entretanto, grandes superfícies comerciais no país, tais como a cadeia de supermercados francesa Carrefour ou o Nakumatt, começaram já a oferecer alternativas aos seus clientes para deixarem de distribuir sacos de plástico.

Fonte: Público (28/08/2017)




Basf compra negócio global de poliamidas da Solvay

Aquisição inclui a única fábrica de plásticos de engenharia do Brasil

21/09/2017



Posto à venda por não integrar o foco em especialidades químicas, o negócio mundial de poliamidas (PA) do grupo belga Solvay foi arrematado, por 1.6 bilhão de euros pelo conglomerado alemão Basf, conforme comunicado à mídia liberado em 19 de setembro. A transação envolve 12 fábricas, quatro centros de pesquisa e 10 de suporte técnico, até então regidas pela Rhodia, controlada pela Solvay, e fortalece a presença global da Basf em polímeros nobres, nicho onde já atua como formador de opinião em poliamidas 6 e 6.6., em especial no âmbito de autopeças injetadas. No anúncio à imprensa, a previsão é de que a transação esteja formalizada e aprovada pelos órgãos regulatórios até o terceiro trimestre de 2018. Com esta compra, a Basf assume o leme da única fábrica de plásticos de engenharia do Brasil, conduzida pela Rhodia. Dispõe de capacidade estimada em 100.00 t/a de polimerização de PA 6.6 e 50.000 de compostos de PA 6 e 6.6 na ativa em São Bernardo do Campo, Grande São Paulo. A unidade opera suprida por unidades de intermediários de poliamida 6.6 que permanecem nas mãos da Solvay: as plantas de sais de náilon, resultantes da reação de ácido adípico com hexametileno de amina, fincadas em Paulínia no interior paulista e em Santo André, no ABC paulista. A unidade em São Bernardo que a Basf adquiriu beneficia PA 6 importada. Desse modo, a Basf volta a produzir poliamidas no Brasil, atividade da qual se retirou em 2015, após um incêndio em novembro de 2014 ter interrompido o desempenho da antiga unidade de polimerização e compostos de PA 6 que o grupo alemão comprou da brasileira Mazzaferro. À época, a Basf justificou sua decisão de encerrar a produção com a demanda doméstica insuficiente. Cerca de dois anos depois, conforme reportagem publicada por Plásticos em Revista em junho último, a unidade em São Bernardo tem exportado 70% do que produz, em reação à acentuada queda do consumo nacional de poliamidas 6 e 6.6 ao longo de três anos a fio de recessão.

Fonte: Plásticos em Revista (20/09/2017)


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