Plásticos Fada comemora o seu cinquentenário com tecnologia

02/01/2014



A empresa gaúcha Fada Plásticos comemora, em janeiro de 2014, os seus 50 anos de fundação. Hoje instalada em Glorinha, com um moderno parque fabril, que ocupa parte da área de seis mil metros quadrados da propriedade, a fábrica tem capacidade para produzir até 200 toneladas/mês, com uma variedade que ultrapassa os 200 modelos de embalagens rígidas, a maior parte patenteada em modelo de utilidade.


A Fada é uma das únicas três empresas do mundo detentoras da tecnologia Blocktainer, aplicada à fabricação de recipientes em plástico-barreira, destinados ao armazenamento hermético de produtos da agroindústria, agroquímica e indústria farmacêutica. Produzidas por meio de processos de sopro e de injection blow, as embalagens com a assinatura da empresa também se destinam aos mercados hospitalar, veterinário e da construção civil. Os produtos vão desde frascos conta-gotas de 10 ml até bombonas de 60 litros, todos elaborados de acordo com especificações técnicas bastante específicas e rigorosas.

Fundada por Erni Markus e Carlos Arthur Tanhäuser e originalmente instalada em Canoas, a Plásticos Fada mudou de mãos em 1984, passando a ser administrada por Enilton Nunes, seu novo proprietário. Desde então, o empreendimento tem mantido crescimento constante, sempre alicerçado na excelência e na qualidade. “São 50 anos de perseverança, obstinação e resistência. Com o tempo, a velocidade das relações de produção e venda aumentou visivelmente, mas os valores da empresa se mantiveram inalterados”, diz.

A busca da excelência na produção de suas embalagens plásticas fez da Fada uma das empresas gaúchas que mais têm participado do Senior Experten Service (SES), programa do governo alemão, que traz aposentados daquele país para temporadas em empresas locais. Com a intermediação da Câmara Brasil-Alemanha de Porto Alegre, que representa a iniciativa no Estado desde 2005, nada menos do que oito profissionais sêniores passaram pela fábrica de Glorinha, deixando seus ensinamentos, técnicas e valiosos contatos com o mercado europeu.

“O SES é um serviço organizado e com resultados efetivos”, diz Enilton, explicando que o vínculo criado entre a empresa e o sênior prossegue, mesmo que de maneira informal, depois de seu retorno para a Alemanha. “Ele se transforma em um consultor da empresa na Europa, nos ajudando na pesquisa de materiais e equipamentos. É uma relação altamente compensadora”.

De acordo com ele, a estada desses profissionais é responsável, inclusive, pela mudança da cultura das empresas que os recebem, que passam a elevar seus padrões, esforçando-se para mantê-los, mesmo depois que a temporada se encerra e o sênior vai embora.

Fonte: Jornal do Comércio, matéria de Osni Machado (30/12/2013)




Abiplast cria selo para a indústria de reciclagem plástica

Selo Nacional de Plásticos Reciclados certificará empresas que atendem aos critérios socioambientais e econômicos exigidos por lei

28/01/2014



A Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) lançou no dia 20/01 o Selo Nacional de Plásticos Reciclados - Senaplas. A proposta visa identificar, valorizar e certificar as empresas do segmento de reciclados plásticos que atuam de acordo com os critérios socioambientais e econômicos exigidos pela Lei.


“O selo vai incentivar e valorizar a formalização dos recicladores, demonstrando que há empresas e produtos adequados e de qualidade no segmento, fortalecendo a cadeia que reúne, atualmente, mais de 800 produtoras regularizadas”, explica o coordenador da Câmara Nacional dos Recicladores de Materiais Plásticos da Abiplast, Ricardo Hajaj.

O lançamento aconteceu durante o workshop técnico “Reciclar”, em São Paulo, que contou com a participação da gerente dos grupos de embalagens plásticas e do meio ambiente do Centro de Tecnologia de Embalagem ( CETEA/Ital), Eloísa Garcia.

A indústria de reciclagem plástica reúne 815 empresas, que faturam R$ 2,394 milhões por ano. São 22.705 empregados, em um setor que para cada emprego direito gera outros 30 indiretos.

Segundo Hajaj, a certificação diferencia a empresa da competição desleal, destacando aquelas que atendem aos requisitos legais. Dessa forma, os compradores ganham segurança jurídica, respaldando-se em relação à responsabilidade compartilhada que integra a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), e comercial, garantindo a origem e a qualidade do produto.

São elegíveis ao Selo as produtoras de matéria-prima reciclada, que comercializam resinas recuperadas e produtos transformados pelos recicladores. As empresas precisam estar legalmente constituídas (CNPJ e contrato social) e com toda a documentação e licenças em ordem. O processo de verificação será realizado pelos sindicatos estaduais e a certificação oferecida pela Abiplast, com vigência de 24 meses.

Perspectivas do setor:

A indústria de reciclagem de material plástico reúne 815 empresas, que faturam R$ 2,394 milhões por ano e empregam 22.705 funcionários. A capacidade instalada é de 1.716 toneladas, com produção anual de 1.077.

De acordo com dados de 2012 do Instituto Plastivida, o índice de reciclagem mecânica (conversão dos descartes plásticos em grânulos que podem ser reutilizados na produção de outros produtos) no Brasil é de 22%, o que coloca o país na décima colocação do ranking mundial.

Atualmente, o potencial econômico desperdiçado devido ao não tratamento dos resíduos plásticos é de R$ 5,8 bilhões. Com a correta destinação, o ganho ambiental na reciclagem de plástico seria de R$ 56 por tonelada e de 78% com a redução de emissões e consumo de energia frente ao material virgem.

Cerca de 41% dos plásticos reciclados são utilizados no segmento de bens de consumo semi e não duráveis (utilidades domésticas, têxtil, brinquedos, descartáveis, limpeza doméstica, calçados, acessórios, material escolar e de escritório). O restante é distribuído entre os segmentos industrial (15%), agropecuária (15%), construção civil e infraestrutura (16%) e bens de consumo duráveis (7% - automobilístico, eletroeletrônico e móveis).

A indústria de reciclagem enfrenta, por outro lado, algumas questões críticas, como a informalidade, o custo do transporte e a concorrência das commodities. Entretanto, a principal delas é a tributação. O reciclador paga o mesmo tributo da matéria-prima virgem e não conta com crédito presumido.

A proposta de desoneração fiscal encaminhada pela Abiplast compreende o crédito presumido no IPI para aquisição de matérias primas recicláveis e de PIS e Cofins na aquisição de reciclados. Solicita ainda a redução e isonomia do ICMS em âmbito nacional e a criação de identidade tributária para o produto reciclado.

Na aquisição da matéria prima, os pontos de atenção estão na oferta, qualidade e custo.

Fonte: DCI (22/01/14)


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