Cientistas criam plástico sustentável feito com casca de camarão

09/05/2014



Um grupo de pesquisadores de Harvard criou um bioplástico feito com cascas de camarão. Para isso, eles usaram a quitosana, uma forma de quitina (o segundo material orgânico mais encontrado na Terra).


A quitina é um polissacarídeo resistente. Ela é encontrada no exoesqueleto de crustáceos, em insetos, e até mesmo nas asas flexíveis de borboletas.

O novo bioplástico é feito com as cascas do camarão, algo que costuma ser descartado por não ter muitos usos práticos. Esse material criado em laboratório é barato e de fácil fabricação. Segundo os pesquisadores, o material gerado a partir dessa substância é resistente, transparente e renovável.

Ele também pode ser usado para fazer objetos 3D de formas complexas. Isso significa que objetos feitos a partir desse novo material podem ser tão robustos como itens feitos com os plásticos usados ​​em brinquedos e celulares atuais. Também é seguro para fazer sacos de lixo, embalagens e fraldas.

Uma vez descartado, o material se decompõe em poucas semanas. Além disso, libera nutrientes que suportam o crescimento das plantas. Em um experimento, o descarte do bioplástico enriqueceu o solo de uma plantação de ervilhas.

Fonte: Adaptado de INFO Online (07/05/2014)




Circuitos eletrônicos esticam em nível molecular

Acabam de ser fabricados os primeiros circuitos eletrônicos que são flexíveis e elásticos em nível molecular.

14/05/2014



Praticamente todos os circuitos eletrônicos flexíveis fabricados até agora envolvem o uso de fios muito finos dispostos em formato de bobina, o que permite que eles sejam dobrados e esticados sem se quebrar.


Suchol Savagatrup e seus colegas da Universidade da Califórnia em San Diego quiseram ir mais fundo, e fabricaram a primeira plataforma eletrônica que é "molecularmente alongável".

"Nós estamos desenvolvendo as regras de projeto para uma nova geração de eletrônicos de plástico - ou melhor, de borracha - para aplicações em energia, dispositivos biomédicos, aparelhos de vestir e dispositivos conformáveis," disse o professor Darren Lipomi, coordenador da equipe.

"Estamos usando essas regras e fazendo química úmida no laboratório para fabricar novos materiais de borracha semicondutora," completou Lipomi.

Embora dispositivos eletrônicos flexíveis, principalmente as telas, estejam começando a ser comercializados, circuitos eletrônicos de esticar ainda estão dando seus primeiros passos. A mesma equipe já havia descoberto antes - e isto foi incorporado neste novo material - que um pouco de aleatoriedade no arranjo das moléculas dos polímeros é essencial para garantir as propriedades eletroeletrônicas.

Os polímeros são parcialmente cristalinos, o que lhes dá boas propriedades elétricas, mas também faz com que o material seja duro e quebradiço.

A introdução da aleatoriedade na estrutura molecular do polímero aumentou a sua elasticidade por um fator de dois, sem diminuir o desempenho eletrônico da borracha semicondutora.

O trabalho de Savagatrup consistiu no desenvolvimento de polímeros com cadeias de sete átomos de carbono, que apresentaram o melhor equilíbrio entre a funcionalidade e a capacidade de alongamento.

"Esse equilíbrio é a chave para a fabricação de dispositivos flexíveis, elásticos, dobráveis e à prova de fraturas," disse ele.

Fonte: Adaptado de Inovação Tecnológica (09/05/2014)


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