Material que pode absorver CO2 do gás natural é criado
Químicos anunciaram ter inventado um material capaz de sugar facilmente o dióxido de carbono (CO2) contido no gás natural
09/06/2014
A substância porosa consegue separar o CO2 na boca do poço e armazená-lo com segurança para uso industrial ou para reinjeção em campos gasíferos, afirmaram.
Os processos atuais de remoção do CO2 se baseiam na abrasão química, um processo caro no qual o carbono contido no gás natural é dissolvido com compostos líquidos corrosivos aquecidos a 140 graus Celsius.
O novo material contém pó de carbono, pontilhado de buracos microscópicos e infundido com átomos de nitrogênio ou enxofre, que transformam o CO2 em cadeias sólidas de moléculas de polímero.
Os polímeros ficam presos nos poros do material, enquanto o gás natural consegue passar.
Esta "polimerização" acontece sob a pressão liberada naturalmente pelo poço, explicou a equipe responsável pela invenção em artigo publicado na revista Nature Communications.
Assim que a pressão desaparece, os polímeros voltam ao seu estado gasoso original, liberando os poros para que possam coletar mais gás carbônico.
Tudo isto acontece em temperaturas normais, ao contrário da tecnologia de captura existente, que demanda calor e usa grande parte da energia produzida, segundo a equipe.
O co-autor do estudo, James Tour, professor da Universidade Rice, no Texas, informou à AFP por e-mail que materiais de captura de CO2 já existiam, "mas nenhum que funcionasse como este e que pudesse fazê-lo de forma tão econômica".
O novo método é usado na fonte, o que significa que o gás não precisa ser transportado para uma estação de coleta para a remoção do CO2, reportou em comunicado a Universidade Rice.
"O gás natural é o combustível fóssil mais limpo que existe. O desenvolvimento de formas com boa relação de custo-benefício para separar o dióxido de carbono durante seu processo de produção aumentará esta vantagem sobre outros combustíveis fósseis", acrescentou.
A inovação também deverá permitir o uso de gás, cujo conteúdo elevado de CO2 tornaria seu custo de limpeza proibitivo utilizando as tecnologias atuais de captura.
Com o novo método, que foi patenteado, mas ainda não foi usado, o CO2 pode ser bombeado diretamente de volta ao poço de gás, onde esteve por quatro milhões de anos, ou estocado e vendido para outros propósitos industriais, prosseguiram os cientistas.
O CO2 é o principal gás de efeito produzido pelo homem.
Bilhões de toneladas destes gases são emitidos anualmente, atuando como um cobertor invisível que prende a energia solar na atmosfera, causando danos ao delicado sistema climático da Terra, com riscos potencialmente catastróficos, segundo especialistas.
Um carro movido a gás natural produz 30% menos CO2 do que outro movido a gasolina, destacou o estudo. Mas o CO2 liberado no poço gasífero neutraliza "significativamente" esta vantagem, acrescentou.
Fonte: AFP e Exame (03/06/2014)
Bill Gates banca nova camisinha que imita sensação da pele
Apostando nos hidrogéis para substituit o látex, o projeto da Universidade de Wollongong, na Austrália, recebeu 100 mil dólares da Fundação Bill & Melinda Gates
09/06/2014
Para cumprir a promessa de revolucionar os preservativos, pesquisadores da Universidade de Wollongong, na Austrália, sugerem uma alternativa ao látex, usado nas camisinhas: o hidrogel, que pode agir e aparentar mais como a pele e dar uma sensação mais próxima a ela, dizem, em vídeo publicado no YouTube detalhando a ideia.
Os hidrogéis são úmidos, suaves e auto-lubrificantes, mas também possuem propriedades mecânicas similares ao látex, o que faz com que eles possam ser um substituto ao material usado nos preservativos atuais.
Os dois maiores desafios do projeto são a validação mecânica dos materiais (resistência e elasticidade) e a validação biológica (prevenção contra DSTs e gravidez).
Se a nova camisinha continuar agradando, o projeto poderá receber até US$ 1 milhão em financiamento.
Histórico
Não é a primeira vez que a Fundação Bill & Melinda Gates apoia projetos que querem revolucionar a camisinha. No ano passado, onze projetos foram selecionados, recebendo também 100 mil dólares.
Tanto a iniciativa atual quanto a de 2013 fazem parte da iniciativa "Grand Challenges Explorations", que acontece duas vezes por ano (em março e setembro) e ajuda a bancar projetos criativos para melhorar a saúde nos países emergentes.
Fonte: Exame (06/06/2014)
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