Projeto europeu fabrica plástico a partir de cardos em vez de petróleo

"Transformamos o óleo vegetal sem usar produtos tóxicos ou gases explosivos, como o ozono. A partir do óelo de plantas, fabricamos um ácido que é a matéria-prima fundamental do bioplástico."

11/08/2015



Uma grande parte encontra-se espalhada nas zonas costeiras e nos oceanos e contamina toda a cadeia alimentar.


O plástico fabricado a partir do petróleo é uma enorme fonte de poluição e um perigo para a saúde pública.

“Uma solução possível para este problema poderá vir desta planta, o cardo. No norte da Sardenha, o cardo é cultivado para fabricar óleos necessários à produção de bioplástico”, refere Claudio Rocco, jornalista da euronews.

A produção de bioplástico faz parte do projeto europeu “FIRST2RUN”. Duas empresas italianas criaram uma parceria para fabricar um produto biodegradável e reciclável.

Para obter o bioplástico, recorre-se à extração do óleo dos cardos que é depois misturado com óleo de girassol. Toda a planta é aproveitada. As folhas e o caule são queimados para produzir a energia necessária ao fabrico do plástico. Com os restos de sementes, produz-se alimento para gado ovino.

“Não há subtração de terras agrícolas, tentamos valorizar a terra que já não é usada. Nesta parte da Sardenha , há cerca de 60 mil hectares de terra abandonada nos últimos trinta anos. Queremos recuperar uma pequena percentagem da terra, três a quatro por cento, através do cultivo do cardo, uma planta que se adapta perfeitamente ao ambiente mediterrânico. Não precisa de irrigação, usa a água que provém da chuva”, sublinhou o agrónomo Michele Falce, responsável pelo desenvolvimento do projeto.

A fábrica de bioplástico foi construída numa antiga zona industrial.

O processo de fabricação não implica o uso de solventes químicos. As reações são obtidas a partir da água, do ar e do peróxido de hidrogénio, produtos não poluentes.

A transformação dos óleos vegetais em ácidos faz-se através de quatro reatores. O óleo vegetal é inserido no primeiro reator e o ácido sai no quarto reator, pronto para ser transformado em bioplástico. Um processo sem intervenção humana.

Todo o processo é seguido numa sala de controlo. Os técnicos verificam se máquinas e as válvulas funcionam corretamente. O sistema digital guarda em memória todas as operações.

Em laboratório, os investigadores analisam a qualidade da matéria-prima e do produto final. O objetivo é desenvolver e testar novos métodos de produção.

“É um processo totalmente novo e único. Transformamos o óleo vegetal sem usar produtos tóxicos ou gases explosivos, como o ozono. A partir do óelo de plantas, fabricamos um ácido que é a matéria-prima fundamental do bioplástico. Esse bioplástico pode ser usado para fabricar sacos de compras. Obtemos também outro ácido que pode ser usado como herbicida biológico em substituição de moléculas extremamente tóxicas. Pode ser transformado em lubrificantes e cosméticos biológicos, sem necessidade de recorrer ao óleo de palma. E há ainda a possiblidade de obter um produto que pode ser usado no fabrico de pneus, em substituição de óleos minerais tóxicos e cancerígenas”, sublinha Luigi Capuzzi, um dos investigadores envolvidos no projeto.

Um lubrificante não poluente para a indústria naval é outro dos produtos biológicos fabricados na Sardenha. O produto poderá ter consequências importantes em termos de saúde pública já que anualmente são libertadas nos oceanos três toneladas de lubrificante produzido a partir de petróleo.

Os bioplásticos produzidos a partir de plantas são mais caros do que os plásticos poluentes. Mas, se os custos de despoluição e reciclagem forem tidos em conta, o preço real é muito mais acessível.

Fonte: Euronews (14/07/2015)




Wittmann Battenfeld amplia série de injetoras MacroPower

Indicadas para o mercado de transformação de plástico nacional, a linha de injetoras destaca-se pela alta produtividade, eficiência e facilidade de programação e controle

11/08/2015



A Wittmann Battenfeld, uma das principais fabricantes de equipamentos para injeção de plásticos do mundo, amplia a série de injetoras MacroPower, agora, com força de fechamento de até 1.600 toneladas. Os equipamentos desta linha destacam-se no segmento de máquinas de médio e grande porte, pois possuem nível tecnológico superior, que contribui para que os transformadores nacionais obtenham máxima precisão e produtividade.


Modular, compacta e precisa, esta série reúne máquinas com força de fechamento entre 400 e 1.600 toneladas, com amplo pacote de opções e configurações, destina-se a uma grande variedade de aplicações. Uma das facilidades das injetoras MacroPower é a possibilidade de instalação do molde pela lateral da máquina. O sistema de injeção foi projetado para reduzir o comprimento do equipamento, tornando esta linha em uma das mais compactas do mercado.

Outro diferencial da MacroPower é que os cilindros de alta velocidade para movimentação das placas são posicionados na diagonal, o que possibilita movimentos de abertura e fechamento rápidos e fácil acesso para colocação do molde. Para o travamento, são utilizados quatro cilindros robustos de alta pressão, montados na placa fixa. A placa móvel é apoiada em guias lineares superdimensionadas permitem o movimento preciso e suave, sem que sejam necessários ajustes para moldes pesados.

Baixo consumo de energia

A série MacroPower da Wittmann Battenfeld tem proteção de molde sensível e o sistema de lubrificação é otimizado para evitar perdas e contaminação. O sistema hidráulico foi projetado para obter movimentos rápidos e simultâneos com baixo consumo de energia. Os cilindros de travamento utilizam barras de acionamento integrado ao movimento de fechar e abrir, com curso curto e movimentos sincronizados, tornando o travamento mais rápido. O destravamento, por sua vez, ocorre durante o tempo de resfriamento.

O engenheiro de vendas da empresa, Marcos Cardenal, destaca o inovador sistema de bloqueio Quicklock, que faz com que a injetora atinja alta velocidade com movimentos rápidos e reduzido tempo de travamento. “A eficiência da máquina e as facilidades proporcionadas pelos sistemas de controle vêm ao encontro das necessidades dos transformadores brasileiros”, afirma. As injetoras da série MacroPower são fornecidas com sistema de controle Unilog B6P, que armazena todos os dados da operação, possibilitando manuseio, integração das máquinas e periféricos e manutenção remota – por meio da interação em sistemas de PDA e controle on-line - e permitindo a programação e análise de todos os parâmetros do ciclo. Podem ainda interagir com um aplicativo criado pela Wittmann Battenfeld, no qual é possível monitorar a injetora por meio de um smartphone, de forma simples e rápida.

Investimentos

A Wittmann Battenfeld tem investido na área produtiva, com destaque para a unidade de Kottingbrunn, na Áustria, que está em processo de ampliação, implantando centros de usinagem de grande porte destinados à fabricação das placas de injetoras maiores. A iniciativa contribuirá de forma vital para a melhoria do fluxo de produção, agilizando a montagem e encurtando os prazos de entrega. “Os investimentos nos permitem otimizar as solicitações do mercado brasileiro e compor pacotes específicos para cada necessidade dos transformadores de plástico”, finaliza Cardenal.

Fonte: Segs (14/07/2015)


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