Universidade de Alicante desenvolve um polímero flexível capaz de auto-cura
05/06/2016
Com sustentabilidade no topo da agenda arquitetônica, um dos assuntos que os arquitetos mais tem se dedicado é o de como prolongar a vida útil dos edifícios. Embora os métodos mais antigos - como a utilização de materiais mais robustos, estruturas adaptáveis e uma manutenção mais cuidadosa - sem dúvida alguma desempenhem um importante papel nesse desafio, um dos maiores progressos dos últimos anos tem sido o desenvolvimento de materiais capazes de auto-cura. Já conhecemos avanços relacionados com o concreto, o asfalto e o metal, e, ao que parece, chegou a vez dos plásticos.
Esse vídeo mostra um polímero flexível e transparente criado por pesquisadores da Universidade de Alicante, o qual depois de danificado pode voltar à seu estado original em apenas 10-15 segundos, sem necessidade de utilizar fontes externas. Segundo os pesquisadores, o material não produz nenhuma reação química, o que significa que o feito pode ser realizado até mesmo quando o polímero estiver imerso em água ou em outros líquidos, tornando-o ideal para uso em ambientes difíceis que possam impedir o acesso humano para reparos.
Enquanto os pesquisadores presumem que sua descoberta trará mais amplas aplicações no campo da medicina, acreditamos que ele facilmente poderá ser incorporado na arquitetura em um futuro muito próximo.
Fonte: Arch Daily (20/05/2016)
Ford transforma CO2 capturado em materiais inovadores
05/06/2016
Milhares de toneladas de dióxido de carbono (CO2) são liberadas a todo momento na atmosfera pelas atividades humanas. Mas o gás vilão do aquecimento global também pode ser uma excelente matéria-prima para novos produtos.
Em Maio, a Ford anunciou nos Estados Unidos o desenvolvimento de uma tecnologia que transforma o CO2 capturado em fábricas em materiais inovadores para aplicação em veículos da marca, como componentes plásticos e espuma.
A nova espuma sustentável, produzida com até 50% de polióis (precursores essenciais para a fabricação de espuma) derivados de CO2, pode ser aplicada em bancos e capôs. O novo plástico também tem um grande potencial de uso em peças automotivas.
A expectativa é que, dentro de cinco anos, eles sejam aplicados na produção de carros da empresa. Segundo a Ford, esta tecnologia alcançaria, assim, um duplo objetivo: reduzir tanto as emissões de gases efeito estufa quanto o uso de plástico e espuma feitos de petróleo.
“Entre os seus benefícios ambientais, sem dúvida, estão a redução do consumo de derivados de petróleo e das emissões de carbono, associados às mudanças climáticas”, diz em nota Debbie Mielewski, especialista de sustentabilidade da Ford.
A fabricação de plástico é responsável por cerca de 4% do uso de petróleo no mundo, segundo a Federação Britânica de Plásticos. O desenvolvimento de materiais alternativos, nesse contexto, também ajuda a reduzir a dependência dessa fonte fóssil. Quando a Ford começou a pesquisa de materiais - então considerados "fantásticos" - nos anos 2000, o petróleo existia em abundância, era de fácil acesso e relativamente barato. Algo bem longe do cenário atual.
A investida no desenvolvimento de materiais sustentáveis tem sido bem sucedida. Um exemplo é a espuma de soja, presente hoje em todos os carros da marca na América do Norte. Há também a aplicação de fibra de coco em forros de porta-malas, pneus reciclados e soja em capas de espelhos, camisetas e jeans reciclados em carpetes, além de garrafas plásticas recicladas no tecido da F-150.
Entre outras investidas "verdes" recentes, a Ford anunciou planos ambiciosos para transformar a sua sede em Michigan, nos Estados Unidos, em uma ‘minicidade’ de 690 mil metros quadrados com visual futurista e bem mais sustentável.
Desenvolvido pelo escritório de arquitetura SmithGroupJJR, o projeto tem duração estimada de 10 anos e vai reunir em dois campi cerca 30 mil funcionários da empresa que, atualmente, estão dispersos em 70 edifícios (alguns dos quais construídos na década de 1950).