Victrex exibe lançamentos na linha de produtos e serviços voltados aos polímeros PEEK na K 2016

Feira que ocorre agora em outubro, na Alemanha, terá como um dos destaques o novo composto VICTREX AE 250 desenvolvido para a indústria aeroespacial

04/10/2016



A Victrex, fornecedora líder de soluções em polímeros PAEK de alta performance, apresentará muitas novidades em seu portfólio na K 2016, mais tradicional feira no segmento de plásticos e borracha do mundo. O evento acontece em Düsseldorf, na Alemanha, de 19 a 26 de outubro. Além de novos tipos de polímeros VICTREX PEEK e suas diversas aplicações, o foco estará nas soluções integradas do futuro e, em particular, das novas tecnologias. Entre elas, o novo composto VICTREX AE 250, desenvolvido para a indústria aeroespacial, cuja produção utiliza tecnologia de moldagem híbrida. Soluções para engrenagens e e-motors serão destaque no estande automotivo, enquanto novos tipos de polímero PEEK e uma estrutura de compostos PEEK expandida estarão em evidência na seção da indústria de petróleo e gás.


O estande da Victrex, localizado no salão 5, exibirá essas novas soluções tecnologias e serviços baseados no PAEK, com exemplos de seu uso crescente em aplicações críticas. Tendo começado há mais de 35 anos como o primeiro produtor comercial do PEEK termoplástico de alta performance, a empresa hoje aplica uma abordagem específica que utiliza conhecimentos especializados sobre materiais para oferecer produtos e soluções integradas de alto impacto às indústrias. Pesquisa e desenvolvimento orientados e combinados aos investimentos e voltados, principalmente, aos programas industriais e médicos da Victrex também permitiramo estabelecimento de parcerias estratégicas como, por exemplo, com a Magma Global Limited na indústria de petróleo e gás.

Óleo e gás: Magma oferece a mais longa tubulação com base em PEEK - Recentemente, a estrutura mais longa do mundo com base em VICTREX PEEK foi desenvolvida sob a forma de spoolable m-pipe®, pela Magma Global Limited, que proporciona uma tubulação de intervenção submarina de custo competitivo e confiável. Esta tubulação de composto flexível pode ser usada em condições extremas e em profundidades de até 3.000 metros (10.000 pés), suportando pressões de mais de 1.000 bar (15ksi).

Enquanto isso, a Victrex está investindo em uma unidade de produção especificamente para compósitos. Ademais, a empresa apresenta novos polímeros para a indústria de petróleo e gás, incluindo um termoplástico que oferece gama única de propriedades em sistemas de vedação, seja em criogenia(até -196ºC) ou acima de 200°C. Outro destaque é o VICTREX OGS 125, especificamente desenvolvido para otimizar a moldagem por compressão de grandes vedações.

Aeroespacial: novos compostos Victrex - Os requisitos também são altos na indústria aeroespacial onde, por exemplo, especificações exatas têm de ser cumpridas para os suportes de peso na aeronave. Um objetivo primordial, além de confiabilidade, durabilidade e leveza, é a redução de custos. As vantagens obtidas na relação custo-benefício com produção e montagem de componentes individuais baseados em novas opções de design e fabricação, por exemplo, podem contribuir para atender esse anseio da indústria.

Precisamente nesse aspecto os recém introduzidos compostos VICTREX AE 250, em várias formas de pré-impregnação, oferecem grande potencial para a indústria da aviação. Em combinação com a tecnologia de moldagem híbrida, suportes, grampos, clipes e caixas para estruturas primárias e secundárias podem ser fabricados em minutos, contrapondo o processo com materiais metálicos ou termofixos que pode levar horas. Em 2016, a Victrex apresentará estes novos compostos PAEK pela primeira vez na feira K 2016.

Automotivo: engrenagens e e-motors de custo eficiente e alto desempenho - O pacote completo de engrenagens com base em PEEK, disponibilizado pela Victrex para a indústria automotiva desde o ano passado, também será apresentado na K 2016. A empresa ampliou sua expertise por meio da aquisição de uma empresa especializada em engrenagens dos Estados Unidos, com objetivo de oferecer serviços personalizados, eficientes e completos para obter design preciso e rápido, desenvolvimento, testes e produção de engrenagens ao longo da cadeia de fornecimento.

Outra solução de futuro para e-motors, o filme APTIV, tem se destacado no setor automotivo. Usado como forro de ranhura para isolamento elétrico, o filme ultrafino à base de PEEK permite a utilização de 5% a mais de cobre em comparação com materiais utilizados até então. Isto permite aumento da densidade de potência de motor do mesmo tamanho ou reduz a quantidade de espaço que ocupa, bem comodiminui os custos até U$ 20 por motor.

Os filmes APTIV da Victrex têm sido utilizados com sucesso também na produção de aeronaves já há algum tempo.Outro setor que utiliza o material é a indústria eletrônica, como na membrana do micro alto-falante para mais de um milhão de dispositivos móveis. O material garante reprodução de som precisa - apesar da demanda por maior desempenho - e vida útil 300% maior do que a de outros materiais.

(*) PAEK, Poliariletercetona, uma família de termoplásticos de alto desempenho tais como o VICTREXTM PEEK

Sobre a Victrex

Com base no Reino Unido, a Victrex é um fornecedor global inovador e líder mundial de soluções de polímeros de altaperformance para a indústria aeroespacial, automotivo, eletrônico, de energia e indústrias médicas. Todos os dias, milhões de pessoas dependem de produtos e aplicações que contenham nossos polímeros - desde telefones inteligentes, aviões e carros até dispositivos médicos e instalações de petróleo e gás. Com experiência de mais de 35 anos, nós fornecemos soluções tecnológicas de ponta que moldam o desempenho futuro para os nossos clientes e mercados e que geram valor para os nossos acionistas. Mais informações estão disponíveis on-line em www.victrex.com

Fonte: Lucia Faria Comunicação (22/09/2016)




Cientistas descobrem larva que degrada plástico

Larvas da traça-grande-da-cera comem e digerem sacos de polietileno em ritmo acelerado. Descoberta pode ser solução para dejetos plásticos.

26/04/2017



Fedederica Bertocchini tem uma profissão interessante e um hobby apaixonante: a bióloga evolutiva é pesquisadora no Instituto de Biomedicina e Biotecnologia da cidade espanhola de Cantabria e apicultora nas horas vagas.


Por mero acaso ela pôde unir sua paixão por abelhas ao seu trabalho de pesquisa. E disso poderá sair uma solução para o problema dos resíduos plásticos. A equipe de pesquisadores liderada por Bertocchini publicou os resultados de sua pesquisa nesta terça-feira (24/04) na revista especializada Current Biology.

Não é só Bertocchini que ama suas colmeias. A larva da traça Galleria mellonella também tem uma predileção por elas - mais especificamente pelos favos de mel. É neles que as traças depositam seus ovos, que se transformam em larvas, precisando de seis a sete semanas no estágio de pupa até virarem mariposas.

Um dia, a apicultora amadora retirou as indesejadas larvas parasitárias de uma colmeia e as embrulhou num saco plástico de polietileno para jogá-las fora. No entanto, em pouco tempo, as larvas abriram uma saída através da sacola.

Isso não é necessariamente uma novidade. Já se sabe há bastante tempo que as larvas da traça-grande-da-cera podem abrir caminho através de sacos plásticos. Em fóruns de proprietários de terrários ou de apicultores encontram-se diversos relatos sobre o assunto. Essas larvas são um alimento popular para répteis e também são usadas como iscas por pescadores.

Só come ou também digere?

Mas até agora não estava claro se as larvas dessa traça simplesmente comem o plástico, para mais tarde excretá-lo como microplástico, ou se elas são capazes de digeri-lo e realmente degradá-lo.

Por exemplo, sabe-se que, além da lã, as traças-das-roupas também gostam de comer vestimentas de tecido misto, mas digerem apenas os componentes de lã do tecido. Nesse processo, elas excretam as fibras de plástico como microplástico.

Bertocchini quis entender melhor esse processo. Por meio da análise espectroscópica, ela pôde constatar que a traça de guarda-roupa difere da traça-grande-da-cera, que, aparentemente, não expele nenhum microplástico, transformando quimicamente o polietileno em etilenoglicol. Trata-se de uma pequena molécula, um monômero, ou seja, não é plástico, que consiste de polímeros.

Em cooperação com os colegas Paolo Bombelli e Christopher Howe, Bertocchini realizou, em seguida, experimentos em laboratórios bioquímicos da Universidade de Cambridge. Os pesquisadores colocaram cerca de cem larvas de traça-grande-da-cera em sacolas plásticas comuns de supermercado no Reino Unido.

Já depois de 40 minutos, perceberam-se furos nos sacos. Após 12 horas, as larvas haviam digerido 92 miligramas do polímero. Segundo Bertocchini, essa é uma taxa de degradação extremamente alta.

Descobrir a enzima responsável

A pesquisadora acredita que as traças-grandes-da-cera possuem uma enzima que quebra ligações químicas presentes tanto na cera de abelha quanto no plástico. "A cera é um polímero, quase um 'plástico natural', e possui uma estrutura que se assemelha a do polietileno", explicou a pesquisadora.



As ligações químicas semelhantes da cera e do polietileno foram demonstradas por outro experimento: os pesquisadores esmagaram algumas das larvas da traça-grande-da-cera e colocaram a massa resultante diretamente sobre o saco plástico. Também aí surgiram buracos na sacola.

Agora, os cientistas trabalham para identificar essa enzima. Se ela puder ser reproduzida em escala industrial, poderá ser usada para o descarte ecológico de sacos plásticos ou para degradá-los em aterros existentes por meio da aplicação direta da enzima.

Observação semelhante foi feita há alguns anos por cientistas chineses com a larva da traça da farinha. Conhecidas por bicho-da-farinha, essas larvas também abrem o seu caminho através do plástico, digerindo o "indestrutível" polietileno, mas com a ajuda de bactérias. E esse processo parece demorar muitos mais do que no caso das traças-grandes-da-cera, vorazes comedoras de plástico que aparentemente utilizam uma enzima. Agora resta descobrir que enzima é essa.

Fonte: Terra e Deutsche Welle (25/04/2017)


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