Motorola patenteou tela que pode consertar a si mesma com calor

A empresa já começou a desenvolver tecnologia que utiliza polímero com memória de forma para reparar danos no display.

22/08/2017

Sim, é isso mesmo que você leu no título, mas vamos com calma para entender essa história direito. O material é um polímero com memória de forma, ele pode ser deformado e, com aplicação de calor, voltar ao seu formato original. A ideia, já patenteada pela Motorola, é produzir telas de smartphones com essa tecnologia.


Os aparelhos contariam com um software para identificar quando houvesse dano e pedir autorização para o reparo. O usuário, então, seria solicitado para delimitar o local machucado. A partir daí a área seria esquentada, fazendo com que a tela voltasse ao seu original. Durante esse processo o celular não poderia ser usado.



Segundo o texto da própria patente, a tecnologia irá “reverter pelo menos algumas deformações” e mesmo assim é provável que não chegue a um reparo de 100%, afinal de contas não estamos falando de mágica. Se você fizer um estrago grande, caro leitor, não vai ter calor que conserte, o que não faz da proposta menos interessante.

Tela com “fator de cura” seria a próxima grande novidade do mercado



A busca pela tela com “fator de cura” não é uma novidade e muito menos uma exclusividade da Motorola. Cientistas já vêm trabalhando com polímeros por algum tempo e adaptando suas funções. Um exemplo é o LG G Flex, lançado em 2013, que tinha um acabamento similar de autorregeneração na parte de trás.

A Motorola conta, desde 2015, com um smartphone que promete ser inquebrável, o Moto X Force. A tecnologia ShatterShield também será característica do novo membro da família Z, o Moto Z2 Force, já anunciado nos Estados Unidos.



Ainda não temos previsão para quando veremos as telas autorregeneráveis no mercado, portanto só nos resta esperar e cuidar com carinho das nossas telas atuais.

Fonte: adaptado de Show me Tech (21/08/2017)




Plástico que conduz calor promete carros e eletrônicos mais leves

22/08/2017

Amostra do plástico condutor de calor sendo testado
Amostra do plástico condutor de calor sendo testado


Um novo tipo de plástico capaz de conduzir calor promete ampliar o uso desses materiais nos carros, tornando-os mais leves, e nos computadores e LEDs, tornando-os mais eficientes - apenas para citar algumas aplicações mais imediatas.


"Os plásticos estão substituindo metais e cerâmica em muitos lugares, mas são tão pobres condutores de calor que ninguém pensa em usá-los em aplicações que exigem que o calor seja dissipado eficientemente. Estamos trabalhando para mudar isso aplicando a engenharia térmica aos plásticos de uma maneira que nunca foi feita antes," disse o professor Jinsang Kim, da Universidade de Michigan, nos EUA.

As abordagens testadas até agora para melhor a condutividade termal dos plásticos se concentraram na adição de cargas - materiais de enchimento - metálicas ou cerâmicas aos plásticos comuns. Os resultados foram muito limitados porque é preciso adicionar material demais, o que altera as propriedades do plástico de maneiras indesejáveis e ainda sai caro.

Em vez disso, a nova técnica usa um processo que altera a própria estrutura do plástico.

Afrouxando as cadeias

Os plásticos, ou polímeros, são formados por cadeias longas de moléculas helicoidais bem apertadas e emaranhadas como um prato de espaguete. Para que o calor atravesse o material, ele precisa viajar ao longo e entre essas cadeias - uma árdua jornada que impede sua progressão.

A equipe usou um processo químico para desembaraçar e afrouxar as cadeias de moléculas. Isso deu à energia do calor uma rota mais direta através do material.

Para isso, eles começaram com um polímero típico, dissolveram-no em água e depois adicionaram eletrólitos à solução para elevar seu pH, tornando-a alcalina. Os anéis individuais na cadeia de polímero - chamados monômeros - assumiram então uma carga negativa, repelindo-se uns em relação aos outros. À medida que os "macarrões" se espalhavam, seu formato helicoidal - em forma de rosca de parafuso - também se afrouxavam. Finalmente, a solução de água e polímero é pulverizada em placas usando um processo industrial comum, chamado fundição por rotação, que resulta em uma película de plástico sólido.

O segredo da condução térmica do plástico está em desembaraçar e afrouxar as cadeias poliméricas
O segredo da condução térmica do plástico está em desembaraçar e afrouxar as cadeias poliméricas


Este novo plástico apresenta a mesma condução térmica do vidro - ainda muito menos do que os metais ou as cerâmicas, mas seis vezes melhor do que o mesmo polímero sem o tratamento.

"Os pesquisadores têm estudado há muito tempo maneiras de modificar a estrutura molecular dos polímeros para controlar suas propriedades mecânicas, ópticas ou eletrônicas, mas muito poucos estudos examinaram abordagens de projeto molecular para ajustar suas propriedades térmicas," disse Kevin Pipe, membro da equipe. "Embora o fluxo de calor nos materiais seja frequentemente um processo complexo, mesmo pequenas melhorias na condutividade térmica dos polímeros pode ter um grande impacto tecnológico".

Fonte: Inovação Tecnológica (08/08/2017)


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