História dos Pigmentos Inorgânicos

Atualmente, a palavra "pigmento" significa uma substância que consiste de pequenas partículas insolúveis no meio aplicado (por exemplo, água) e é utilizada devido às suas propriedades magnéticas, de coloração ou de proteção. Os pigmentos podem ser caracterizados por sua composição química, propriedades ópticas e técnicas, e a característica que distingue pigmentos de corantes orgânicos solúveis é sua baixa solubilidade em solventes e pastas.


Os pigmentos naturais inorgânicos são conhecidos desde os tempos pré-históricos. A mais de 60.000 anos, o ocre natural era usado na Idade do Gelo como material colorante. As pinturas nas cavernas dos povos pleistocenos do sul da França, norte da Espanha e norte da África eram feitas com carvão, ocre, manganês castanho e argilas, e devem ter sido produzidas a mais de 30.000 anos. Por volta de 2.000 AC, o ocre natural era queimado, algumas vezes em mistura com minério de manganês, para produzir a cor vermelha, violeta e preta para cerâmica. O sulfeto de arsênico e o amarelo de Nápoles (um antimoniato de chumbo) foram os primeiros pigmentos amarelo-claros. O ultramarino (lápis-lázuli) e o lápis-lázuli artificial (azul egípcio e espinélio cobalto-alumínio) foram os primeiros pigmentos azuis. Os primeiros pigmentos verdes foram a terra verde, a malaquita e um preparado sintético de hidroxicloreto de cobre. A calcita e algumas fases do sulfato de cálcio e caulinita eram os pigmentos brancos utilizados na época.

Um lápis-lazuli sintético (silicato de cobre e cálcio) é conhecido como azul egípcio. O sulfeto de antimônio e o sulfeto de chumbo eram comumente usados como pigmentos pretos, cinabre como pigmento vermelho e óxido de alumínio de cobalto como pigmento azul.

A industria de pigmentos iniciou o século XVIII com produtos como o azul de Berlim (1704), o azul de cobalto (1777), o verde de Scheele e o amarelo de cromo (1778).

No século XIX, o ultramarino, o verde de Guignet, pigmentos de cobalto, de óxidos de ferro e pigmentos de cádmio foram desenvolvidos.

No século XX, os pigmentos se tornaram cada vez mais objetos de investigação científica. Nas últimas décadas, os pigmentos sintéticos vermelho de cádmio, azul de manganês, vermelho de molibdênio, e óxidos mistos com bismuto vieram ao mercado. O dióxido de titânio com estruturas anatase ou rutilo, e óxido de zinco acicular foram introduzidos como os novos pigmentos sintéticos brancos e extensores, respectivamente. Pigmentos de brilho (efeito metálico, perolisado e de interferência) assumiram cada vez mais importância.


Bibliografia:
HARPER, Charles A.; PETRIE, Edward M. Plastics Materials and Process: A Concise Encyclopedia. Hoboken: John Wiley & Sons, Inc., 2003.
BUXBAUM Gunter; PFAFF, Gerhard. Industrial Inorganic Pigments. 3.ed. Weinheim: Wiley-VCH, 2005.
Postagem original em 02/01/2011
Artigo revisado em 18/12/2016
Sobre o autor: Daniel Tietz Roda é Tecnólogo em Produção de Plásticos formado pela FATEC/ZL e Técnico em Projetos de Mecânica pela ETEC Aprígio Gonzaga. Trabalhou na área de assistência técnica e desenvolvimento de plásticos de 2008 até 2013 e atualmente é proprietário do Tudo sobre Plásticos.
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