Absorventes e fraldas usadas viram telhas e tubos

05/10/2011



A empresa britânica Knowaste encontrou uma forma de reutilizar produtos infantis, geriátricos e de higiene feminina usados para produzir peças plásticas para a construção civil.


O processo começa com a coleta dos materiais descartados, que são enviados até a planta de reciclagem - o custo da operação é cobrado junto com a taxa de recolhimento de lixo normal. Na usina, o conteúdo é esterilizado a partir de um processo de autoclave, e na sequência os componentes do bolo são separados.

O plástico é então transformado em grânulos (foto ao lado) que por sua vez são vendidos às indústrias que os transformarão em materiais de construção. As fibras oriundas desses resíduos podem ainda ser utilizadas na produção de papéis.

De acordo com a Knowaste, o processo de reciclagem evita a emissão de 626 kg de CO2 a cada 1 ton de resíduos processado, na comparação com o descarte em lixões ou a incineração.

A empresa é recente, foi aberta no início de setembro em West Bromwich (Inglaterra), e faz parte de um projeto de £ 25 milhões que inclui a instalação de outras quatro unidades no país nos próximos quatro anos. A capacidade de produção total será de 1/5 das fraldas e absorventes descartados no Reino Unido, evitando a emissão de 110 mil toneladas de gases por ano.

Fonte: Terra (05/10/2011)




Franceses inventam termorrígido moldável como termoplástico

20/11/2011



Cientistas franceses criaram um novo plástico de baixa densidade que é tão forte e estável como outros termorrígidos e que ao mesmo tempo pode ser facilmente retrabalhado e remoldado quando aquecido. A equipe sugere várias aplicações para o material, que vão desde a indústria aeronáutica até a de eletrônicos podendo ser reciclado e reparado.


Tipicamente, os átomos em polímeros termorrígidos estão permanentemente reticulados oferecendo excelentes propriedades mecânicas e resistência química. Entretanto, diferente de termoplásticos, que podem ser derretidos e moldados várias vezes, os termorrígidos podem ser processados apenas uma vez (como por exemplo, o epóxi).

Agora, Damien Montarnal e seus colegas liderados por Ludwik Leibler da Escola Superior de Física e Química Industrial de Paris criaram um material termorrígido que pode ser moldado repetidas vezes como o vidro de sílica usando calor. De acordo com a equipe, o material reprocessado permanece com as propriedades mecânicas do material em sua condição inicial.

“Esses materiais são resinas orgânicas termorrígidas, mas podem ser trabalhadas com técnicas similares àquelas que até então estavam disponíveis apenas para metais e vidros” diz Ludwik. “Comparado com metal e vidro ele traz leveza, facilidade de uso e uma vasta gama de dureza e extensibilidade. Comparado a outras resinas orgânicas termorrígidas, ele pode ser remoldado, reciclado, reparado e permanece com a resistência a solventes e boas propriedades mecânicas.”

O material foi feito como uma resina epóxi convencional pela mistura de uma resina líquida; endurecida, catalisada e então aquecida entre duas placas quentes. Após completada a cura, o material foi cortado e moldado em um forno ou pistola de ar quente. Aplicando calor suficiente, o material pode ser reformulado e remoldado. A equipe também demonstrou que a resina pode ser triturada para que seu pó possa ser injetado.

Isso ocorre porque o material é capaz de fluir quando aquecido graças às reações de troca por transesterificação. Isto permite que alguns dos retículos da cadeia molecular mudem a topologia do material sem quebrar ligações, portanto, mantendo a sua integridade como um sólido e prevenindo a despolimerização. Durante o resfriamento, as reações de troca de calor se tornam tão lentas que a cadeia molecular parece ser um sólido como o vidro de sílica, nessa fase os retículos quebrados são reconectados.

“Através da implementação do conceito de troca de retículos eles criaram uma nova estrutura polimérica com características únicas”, comenta Christopher Bowman, que investiga polímeros sintéticos na Universidade de Colorado, nos EUA.

“É similar a outras redes covalentes adaptáveis que já existem, mas usa um mecanismo de reação distinto que utiliza uma reação de troca mediada por não-radical para ativar o processo de adaptação. Esta reação mantém o material em seu estado polimérico, mas permite seu reprocessamento e reciclagem”. Christopher supõe que a princípio as aplicações sejam em materiais compósitos curáveis e recicláveis.

“As possíveis aplicações incluem revestimentos, mobílias, hélices e, mais genericamente, qualquer peça complexa em áreas onde poderá combinar leveza com resistência mecânica e química, como na aviação, automobilística, eletrônicos portáteis etc”, diz Ludwik. Ele sugere que o novo material, quando reforçado com fibras, poderá competir com os metais em aplicações mais exigentes.

Fonte: RSC (17/11/2011)


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