Rotomoldagem

Diferente do processo de injeção, onde o plástico usado tem a forma de grânulos, a rotomoldagem utiliza material na forma de pó, isso facilita sua fusão (derretimento) e consequentemente a cobertura uniforme da superfície do molde.

O processo consiste em despejar certa quantidade de resina através de uma abertura no molde, abertura que posteriormente é fechada e então começa a rotação biaxial do molde com a finalidade de espalhar a resina. Ao mesmo tempo em que ocorre a rotação o conjunto entra em uma câmara de aquecimento, promovendo a fusão do plástico. Após o resfriamento do plástico ele é retirado já na forma do produto final.



A resina mais utilizada nesse processo é o polietileno (PEBD, PEMD e PEAD), entretanto pode ser utilizado qualquer outro termoplástico assim como alguns termofixos como epóxis, silicones e poliuretanos.

A rotomoldagem é usada para a produção de peças ocas que seriam grandes, grossas e complexas demais para um processo de sopro, ou peças abertas, grandes e custosas demais para serem moldadas por injeção. Porém, como todos os processos além de suas vantagens também possui algumas desvantagens que podem ser vistas abaixo.


Vantagens:

* Maquinário simples;
* Uniformidade na espessura da peça¹;
* Peça livre de tensões por não sofrer pressões como no processo de injeção, por exemplo;
* Possibilidade de produção de peças muito grandes;
* Geralmente não surge problemas de linhas de junção e manchas nas peças;
* Pouquíssima perda de matéria-prima;
* Não exige muita capacitação do operador.

Obs¹.: costuma ocorrer um aumento da espessura em cantos vivos da peça.

Desvantagens:

* Processo lento
* Custo maior da matéria-prima por apresentar-se na forma de pó;
* Contra-indicado para produção de peças com menos de 0,8 mm de espessura;
* Inviável para produção em série de peças pequenas.

Aplicações

A rotomoldagem é indicada para a produção de protótipos de peças grandes, caiaques, tanques de combustível, brinquedos, cestos e lixeiras.

A rotomoldagem vem demonstrando um crescimento notável, atingindo em 2006 um consumo em torno de 40.000 toneladas de resina.

Dentro dos produtos rotomoldados, o segmento da construção civil lidera a aplicação com cerca de 40% do consumo de matéria prima, seguidos do mercado agrícola com 22%, tanques estacionários representando 12%, brinquedos absorvendo 11%, setor automobilístico com 8% e os 7% restantes em outros segmentos.

Demonstração do processo



Bibliografia:
HARPER, Charles A.; PETRIE, Edward M. Plastics Materials and Process: A Concise Encyclopedia. Hoboken: John Wiley & Sons, Inc., 2003.
WIEBECK, Hélio; HARADA, Júlio. Plásticos de Engenharia: Tecnologia e Aplicações. São Paulo: Artliber Editora, 2005.
Artigo postado em 14/05/2012
Sobre o autor: Daniel Tietz Roda é Tecnólogo em Produção de Plásticos formado pela FATEC/ZL e Técnico em Projetos de Mecânica pela ETEC Aprígio Gonzaga. Trabalhou na área de assistência técnica e desenvolvimento de plásticos de 2008 até 2013 e atualmente é proprietário do Tudo sobre Plásticos.
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